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INSS: veja quanto ficarão contribuições de MEIs, autônomos e donas de casa a partir de Março
A partir do salário de Março (com pagamento em abril), mudarão as alíquotas de contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de empregados, empregados domésticos e trabalhadores avulsos. Por conta da reforma da Previdência, haverá percentuais diferentes para faixas salariais distintas. No entanto, quem não tiver um vínculo empregatício formal continuará podendo, como antes, se encaixar nas alíquotas de 5%, 11% e 20%.
A quantia paga mudará apenas por conta do novo salário mínimo, fixado em R$ 1.045. Mas, neste caso, o novo valor já será recolhido em Março (referente ao rendimento de Fevereiro).
Donas de casa, desempregados, estudantes bolsistas e outros perfis que contribuem com 5%, por exemplo, passarão a desembolsar R$ 52,25. O mesmo acontece com a contribuição mensal dos micro-empreendedores individuais, que é paga por meio da DAS.
Ainda há para os MEIs, no entanto, acréscimo de Imposto sobre Serviço (ISS), de R$ 5, e/ou de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de R$ 1, dependendo das atividades desempenhadas por eles. As guias poderão chegar a custar, portanto, R$ 58,25.
O contribuinte que escolhe a alíquota de 11%, para garantir um salário mínimo como benefício previdenciário, passará a pagar R$ 114,95. Já os que optam por calcular 20% sobre o salário pretendido no momento da aposentadoria ou do pagamento de benefícios de risco, deverá arcar com valor entre R$ 209 (para o mínimo) e R$ 1.220,20 (para o teto).
Os empregados, empregados domésticos e trabalhadores avulsos serão divididos desta forma: os que receberam salário até R$ 1.045 pagarão alíquota de 7,5%; para remunerados em R$ 1.045,01 a R$ 2.089,60, a alíquota será de 9%; os que ganham entre R$ 2.089,61 até R$ 3.134,40 pagarão 12%; e os contribuintes com salários entre R$ 3.134,41 e R$ 6.101,06 arcarão com 14%.
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Quem quer contribuir, sem um vínculo empregatício formal, precisa entender em que categoria pode se encaixar: contribuinte individual ou segurado facultativo.
Contribuinte individual: Aquele que trabalha por conta própria (de forma autônoma) ou que presta serviços de natureza eventual a empresas, sem vínculo empregatício. Pode ser, por exemplo, um sacerdote, um síndico remunerado, um motorista de táxi, um vendedor ambulante, uma diarista, um pintor, um eletricista.
Segurado facultativos: Pessoa com mais de 16 anos, que não tem renda própria, mas decide contribuir para a Previdência Social. Pode ser uma dona de casa, um desempregado, um estudante bolsista, dentre outros perfis.
Esta possibilidade é reservada a dois perfis principais: facultativo de baixa renda e Micro-empreendedor Individual (MEI). Garante todos os benefícios (como aposentadoria invalidez, auxílio-doença, auxílio-reclusão e salário-maternidade), exceto aposentadoria por contribuição.
Facultativo de baixa renda: Dona de casa que se dedica exclusivamente a esse trabalho e, portanto, não tem renda própria, sendo necessário também possuir renda familiar de até dois salários mínimos (Bolsa Família não entra para o cálculo) e estar inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), com situação atualizada nos últimos dois anos. A inscrição é feita junto ao Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) do município.
Micro-empreendedor Individual (MEI): Pessoa que trabalha por conta própria (a lista de atividades que permitem essa classificação está no www.portaldoempreendedor.gov.br) e que se legaliza como pequeno empresário. Também são requisitos faturar, no máximo, R$ 81 mil por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e ter, no máximo, um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.
Ou seja, R$ 114,95
Pode aderir o contribuinte individual ou o facultativo que não preste serviço nem tenha relação de emprego com pessoa jurídica (empresa). O segurado, neste caso, só pode contribuir com valor calculado sobre o salário mínimo e, portanto, terá o piso nacional como benefício previdenciário. Neste caso, também são garantidos todos os benefícios, exceto aposentadoria por tempo de contribuição.
Ou seja, de R$ 209 (baseado no salário mínimo) a R$ 1.220,20 (referente ao teto, de R$ 5.839,45)
O indivíduo deve pagar o valor da alíquota multiplicada pelo salário pretendido no momento da aposentadoria ou do pagamento de benefícios de risco. Os recolhimentos efetuados neste plano servem também para requerer todos os tipos de aposentadoria, além dos outros benefícios.
– Quem paga sobre o valor de um salário mínimo também pode realizar pagamentos trimestrais, contribuindo com a taxa mensal multiplicada por três e preenchendo o campo “competência” da guia de recolhimento, obedecendo aos trimestres civis.
– Há códigos de contribuição para enquadrar cada perfil de segurado (individual ou facultativo), de acordo com o plano de contribuição (normal ou simplificado) e a periodicidade de pagamento (mensal ou trimestral). Por isso, é importante checar no site do INSS (www.inss.gov.br) o código correspondente às suas escolhas e preencher a guia de recolhimento corretamente.
– A guia pode ser gerada por meio do site do INSS ou comprando um carnê em papelaria e preenchendo-o manualmente.
– Apenas no caso de Microempreendedor Individual, a guia, chamada de DAS-MEI, é gerada no próprio Portal do Empreendedor.
– O contribuinte individual e o facultativo que pagam o INSS por meio do plano normal de contribuição (alíquota de 20%) podem, a qualquer momento, optar pelo pagamento no plano simplificado (alíquota de 11%), bastando alterar o código na guia de recolhimento.
– A mesma situação se aplica ao que estiver recolhendo no plano simplificado e quiser voltar para o plano normal.
– Se o contribuinte aderir ao plano simplificado, de alíquota 5% ou 11%, mas posteriormente quiser contar com recolhimentos maiores, deverá ser feita a complementação dos pagamentos para os valores referentes à alíquota de 20%. A agência da Previdência Social aplicará ainda juros moratórios.
É um benefício por incapacidade devido ao segurado do INSS que comprove, em perícia médica, estar temporariamente incapaz para o trabalho em decorrência de doença ou acidente. Para requerer o direito, é necessário ter 12 contribuições mensais, com algumas exceções para doenças profissionais, acidentes de trabalho e acidentes de qualquer natureza ou causa.
É um benefício destinado aos dependentes (cônjuge, companheiro, filhos e enteados menores de 21 anos ou inválidos) de beneficiário que era aposentado ou trabalhador que exercia sua atividade no perímetro urbano. A duração dos pagamentos será variável conforme o número de contribuições feitas pela vítima e do tempo de união com o dependente ou idade, por exemplo.
É um benefício devido a uma pessoa que se afaste de sua atividade, por motivo de nascimento de filho, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial para fins de adoção. A duração do benefício depende do motivo que deu origem: 120 dias no caso de parto; 120 dias no caso de adoção; 120 dias, no caso de natimorto; 14 dias, no caso de aborto espontâneo ou previstos em lei (como estupro ou risco de vida para a mãe), a critério médico.
Para requerer o direito, é necessário ter dez meses de contribuição, no caso do contribuinte individual (que trabalha por conta própria), facultativo e segurado especial (rural). O desempregado precisa comprovar que é segurado do INSS e, conforme o caso, cumprir carência de dez meses trabalhados.
https://revistapegn.globo.com/MEI/noticia/2020/02/inss-veja-quanto-ficarao-contribuicoes-de-meis-autonomos-e-donas-de-casa-partir-de-marco.html
Retirada de dólares do Brasil chega a US$ 4,792 bilhões no ano, diz BC
Depois de registrar saídas líquidas de US$ 44,768 bilhões em 2019, o país fechou o primeiro bimestre de 2020 com fluxo cambial negativo de US$ 4,792 bilhões, informou hoje o Banco Central. No canal financeiro, houve saída líquida de US$ 10,840 bilhões nos dois primeiros meses do ano, resultado de aportes no valor de US$ 89,212 bilhões e de retiradas no total de US$ 100,051 bilhões. Este segmento reúne investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.
No comércio exterior, o saldo do bimestre ficou positivo em US$ 6,048 bilhões, com importações de US$ 25,640 bilhões e exportações de US$ 31,688 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 3,830 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 11,311 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 16,546 bilhões em outras entradas.
Fevereiro
Após registrar saídas líquidas de US$ 384 milhões em Janeiro, o país fechou Fevereiro com fluxo cambial negativo de US$ 4,408 bilhões, informou nesta quarta-feira o Banco Central.
No canal financeiro, houve saída líquida de US$ 9,322 bilhões no mês passado, resultado de aportes no valor de US$ 37,209 bilhões e de retiradas no total de US$ 46,531 bilhões.
No comércio exterior, o saldo de Janeiro ficou positivo em US$ 4,914 bilhões, com importações de US$ 11,459 bilhões e exportações de US$ 16,374 bilhões.
Nas exportações, estão incluídos US$ 1,985 bilhão em ACC, US$ 7,902 bilhões em PA e US$ 6,487 bilhões em outras entradas.
Semana
O fluxo cambial da semana passada (26 a 28 de Fevereiro) ficou negativo em US$ 2,087 bilhões, informou o Banco Central.
Pelo canal financeiro, ocorreu saída líquida de US$ 2,287 bilhões, resultado de aportes no valor de US$ 6,177 bilhões e de envios no total de US$ 8,464 bilhões.
No comércio exterior, o saldo ficou positivo em US$ 201 milhões no período, com importações de US$ 2,271 bilhões e exportações de US$ 2,471 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 437 milhões em ACC, US$ 557 milhões em PA e US$ 1,478 bilhão em outras entradas.
https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2020/03/04/saida-de-dolar-supera-entrada-em-us-4792-bi-no-1-bimestre-diz-bc.htm
Mais de 6,1 milhões de empresas estão com contas em atraso, diz Serasa
Dado de Dezembro quebra de recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2016
Mais de 6,1 milhões de empresas atrasaram suas obrigações financeiras em Dezembro de 2019. Para a Serasa Experian, autora do levantamento que aponta para este número, trata-se de uma quebra de recorde para toda a série da pesquisa, iniciada em 2016.
Comparado com Dezembro de 2018, trata-se de um avanço de 9,5%. Cada empresa tem em média nove dívidas.
Quando comparado com Novembro do ano passado, o crescimento foi de 1,6%, de acordo com a Serasa. A maior parte das dívidas vencidas e não pagas, algo como 78%, ocorreu em instituições fora do setor financeiro.
O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, explica que isso se deve ao aumento do crédito mercantil. “A redução dos juros ainda não foi totalmente refletida no sistema financeiro, o que acaba prejudicando principalmente as pequenas empresas”, diz ele.
Isso, continua, faz com que eles busquem melhores alternativas, como os acordos entre empresas, para acessar o crédito. “Porém, com o crescimento econômico abaixo do esperado, este grupo de empreendimentos não consegue honrar os compromissos e engrossa a lista de devedores negativados”, afirma Rabi.
Setores:
O maior volume de empresas inadimplentes em 2019 concentrou-se no setor de Serviços (50,2%), que teve ainda a maior variação de representatividade entre um ano e outro, de 1,3 ponto percentual. Em Dezembro de 2018, o número era de 48,9%.
Já o Comércio teve queda de 1,3 ponto percentual no mesmo período analisado, indo de 41,7% no último mês de 2018 para 40 4% em Dezembro de 2019. A Indústria se manteve estável no período.
Regiões:
A região Sul continuou registrando a maior variação no último mês do ano, 15,5%, seguida pelo Centro-Oeste (10,4%). Todas as regiões apresentaram crescimento da inadimplência empresarial entre Dezembro de 2018 e 2019.
https://exame.abril.com.br/negocios/mais-de-61-milhoes-de-empresas-estao-com-contas-em-atraso-diz-serasa/
Receita disponibilizou o Perguntão IRPF2020 – com diversas perguntas e repostas sobre o imposto de renda das pessoas físicas
Faça o Download: Clique aqui.
http://receita.economia.gov.br/publicacoes/ebooks/paginas/perguntao-irpf2020
As 11 características das Empresas Humanizadas
Quer saber se a empresa que você trabalha, lidera ou criou é uma empresa humanizada?! Então, vem com a gente…
As diretrizes para a arte de liderar vêm se alterando de uma maneira cada vez mais veloz, acompanhando as macromudanças nas mais diversas áreas de nossas vidas. Com isso, uma tendência vem ganhando escala e profundidade: a liderança humanizada.
Mas antes de entrar nesse assunto, vale a pena rebobinar a fita do tempo até meados dos anos 90 para que possamos acompanhar a tendência de liderança que prevaleceu desde aquela época. Herdamos da década de 90 uma visão de gestão voltada ao resultado para os acionistas. Gigantes como GE (General Electric), liderada por Jack Welch, e Coca-Cola escreveram parte da história dos negócios e ditaram, na época, regras que tem sido seguidas desde então por muitas organizações. Focar na lucratividade e nos resultados a curto prazo para atender aos anseios dos investidores foi o alvo de muitos dos gestores. Para alcançar esse objetivo, muitas ações, nem sempre focadas no lado humano, acabaram sendo o norte de grandes conglomerados e empresas das mais variadas áreas. Relembrando algumas diretrizes dessa visão de gestão:
– Produzir mais por menos
– Garantir a satisfação dos acionistas acima de qualquer outro grupo de stakeholders (partes interessadas)
– Geração de ambientes competitivos
– Disseminação de uma cultura do ou/ou (ou esse ou aquele) ao invés de uma cultura do win-win (ganha-ganha)
– Visão compartimentada do negócio
– Poucos ganham em detrimento de muitos
Garantir, portanto o maior lucro no menor espaço de tempo, é o norte da gestão voltada aos resultados e o que acalenta a expectativa dos sedentos acionistas.
Mas, como toda tendência tem sua contramão, alguns líderes rumaram seus barcos para direção contrária – a da liderança humanizada, voltada para as pessoas. Um caminho que hoje tem se mostrado ser – a longo prazo, uma excelente escolha. Ao contrário do resultado voltado aos investidores, onde apenas um grupo se dá bem, o modelo de gestão humanizada visa beneficiar todas as partes interessadas ao redor da organização.
Agora sim, vamos ao assunto central do texto, compartilhando a visão e as características que fazem uma organização ser considerada “Humanizada”, levantadas através de uma pesquisa robusta feita pelos autores Raj Sisodia, David B. Wolfe e Jag Sheth e publicadas no livro Empresas Humanizadas – Pessoas, Propósito e Performance, finalmente lançado em português pela editora Alta Books.
Mas afinal, qual o conceito de uma Empresa Humanizada? Pra isso, nada melhor do que deixar os próprios autores responderem:
“Chamamos de empresas humanizadas as companhias que se esforçam por meio de suas palavras e ações para serem benquistas por todos os seus principais stakeholders – clientes, funcionários, fornecedores, comunidade e acionistas – alinhando os interesses de todos de tal forma que nenhum grupo de stakeholders ganhe em detrimento de outros; preferivelmente, todos prosperam juntos. Essas são empresas que ampliaram seu propósito para além da criação de riqueza para os acionistas, atuando como agentes para um bem maior. Vemos essas empresas não como discrepantes, mas como a vanguarda de uma corrente principal de negócios.”
No livro Empresas Humanizadas, diversas organizações foram selecionadas para um longo período de pesquisa com diversas fases. Durante esse período, foram entrevistados todos os grupos de stakeholders ao redor de cada uma das empresas. Ao final das pesquisas e estudos subsequentes, 72 organizações receberam essa classificação, e estão distribuídas da seguinte forma:
-28 Empresas Americanas de Capital Aberto (Ex: Harley-Davidson, 3M, Starbucks, Cotsco, Southwest Airlines,…)
-29 Empresas Americanas de Capital Fechado (Ex: REI, Trader Joe’s, New Balance, Patagonia,…)
-15 Empresas não Americanas – das quais, 13 são de capital aberto e 2 de capital fechado.
A lista acima lista inclui empresas nos seguintes países: Alemanha, Índia, México, França, Japão, Suécia, Espanha, Dinamarca, Coréia do Sul e Reino Unido. (Ex: BMW, IKEA, Honda, Novo Nordisk,…)
À partir dos dados levantados, foi possível traçar um perfil comum entre essas organizações. Aqui vão então as 11 principais* características das Empresas consideradas Humanizadas:
1-Possuem um propósito de existência que vai além do aspecto financeiro
2-Alinham harmoniosamente os interesses de todos os stakeholders
3-Possuem um menor gap salarial entre os cargos de liderança e as demais funções
4-Remuneram melhor seus colaboradores e dão mais benefícios em comparação com empresas da mesma categoria
5-Investem consideravelmente em treinamento de colaboradores
6-Possuem uma baixa rotatividade de colaboradores em relação ao segmento em que estão inseridas
7-Investem menos que as concorrentes em marketing
(E mesmo assim, a satisfação e retenção de clientes permanece elevada – comentário dos autores)
8-Vêem fornecedores como parceiros e colaboram com o seu progresso
9-Consideram que sua cultura corporativa é seu maior patrimônio
10-São inovadoras, em geral quebram convenções dentro das suas indústrias
11-Adaptam-se mais rapidamente aos cenários aos quais estão expostas e são mais resistentes a pressões de curto prazo
(*O livro traz algumas características extras que tomei a liberdade de sintetizar em 11, pois algumas são derivações dos mesmos tópicos.)
Se a organização onde você trabalha ou lidera cumpre esse checklist, então, parabéns, ela apresenta os principais pré-requisitos de uma Empresa Humanizada, já alinhada às premissas mais modernas de um futuro próspero. Mas será próspero mesmo?
Pois é, muitos devem estar se perguntando agora “Na filosofia, tudo parece ser muito bacana, mas e na prática, como ficam os resultados das empresas que fazem parte desse modelo de gestão?”
O mais interessante é que o livro traz uma excelente notícia – atenção investidores: as Empresas Humanizadas, a longo prazo, se mostram extremamente lucrativas.
Compartilho abaixo um gráfico feito pelos autores do livro que mostra a evolução do faturamento das Empresas Humanizadas em comparação com as empresas eleitas pelo Índice S&P 500 (índice que aponta as 500 melhores empresas para investidores no mercado de ações) e as 11 Empresas citadas no livro “Good to Great – Empresas Feitas para Vencer” de Jim Collins, também classificadas como boas ou excelentes em relação aos resultados para os seus acionistas. Quando comparamos a tabela de lucratividade ao longo do tempo, fica clara a excelente rentabilidade das empresas que focam sua gestão em um aspecto mais humano do que estritamente financeiro. Esse é um maravilhoso paradoxo que merece atenção, ou talvez, paradoxo não seja a expressão correta, e sim uma constatação:
Para os autores, esse conceito ganha eco em um momento especial, onde “O mundo dos negócios está experimentando amplas mudanças na compreensão de seus propósitos fundamentais e em como as empresas devem operar.” […] “Líderes desse novo contexto são campeões de uma nova e humanista visão do papel do capitalismo na sociedade. É uma visão que transcende as perspectivas mais estreitas da maior parte das empresas do passado, emergindo para alcançar o bem-estar comum.”
Compartilho aqui um pouco do pensamento de Herb Kelleher, fundador e líder da Southwest Airlines, empresa aérea low cost que faz parte da lista de Empresas Humanizadas, acumulando bilhões em mais 45 anos de operação, sem nunca perder dinheiro.
“Eu penso que a liderança é valorizar o tempo você gasta com a sua equipe mais do que qualquer outra coisa que venha a fazer”[…] “Seus colaboradores vêm em primeiro lugar. Se você tratá-los bem, sabe o que vai acontecer? Seus clientes voltam, e isso vai fazer os acionistas felizes. Comece com os colaboradores e o resto seguirá.”
E pra encerrar, na opinião dos autores de Empresas Humanizadas, qual o impacto dessa nova visão nas empresas que não se adaptarem a essa nova tendência?
“Os stakeholders estão exigindo cada vez mais das empresas uma gestão socialmente consciente. Os clientes votarão a favor disso fechando suas carteiras para empresas que não se alinharem. Os melhores colaboradores serão contratados em outros lugares. Fornecedores favorecerão as empresas que os tratam com respeito. Comunidades tornarão mais difícil a vida das empresas que colocam os acionistas acima de tudo. E os mercados financeiros restringirão o fluxo do capital e aumentarão o seu custo.”
Conhecer os principais traços de uma organização humanizada nos dá a expertise para avaliar não só as empresas onde trabalhamos, como orientar ou reorientar aquelas que lideramos, ou queremos empreender. E que venha um futuro mais humanizado e consciente, e não por isso, menos lucrativo.
https://exame.abril.com.br/blog/o-que-te-motiva/as-11-caracteristicas-das-empresas-humanizadas/