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Aprendizados que o surto de coronavírus pode trazer às marcas
O surto de coronavírus, que tem alarmado o Brasil e o mundo nas últimas semanas, está apresentando uma série de desafios para as marcas. Isso porque, à medida que os consumidores tomam medidas de proteção contra a doença, suas ações afetam enormemente a economia.
Diante deste cenário de incertezas, se observam alterações drásticas nos hábitos de consumo das populações. Considerando estas mudanças comportamentais, a Ipsos realizou um levantamento qualitativo com o objetivo de identificar os maiores aprendizados que as marcas podem tirar desta situação. Veja:
. Faça-se presente – A ideia de esperar a tempestade passar – com discrição e sem gerar grandes impactos – pode até parecer tentadora, mas o surto da Covid-19 é uma janela de oportunidade única para que as marcas se façam presentes nas vidas das pessoas em um período de relativa ansiedade, construindo, assim, um vínculo de confiança para o futuro.
. Informe e impacte positivamente – Em tempos de incerteza, as marcas podem fortalecer o relacionamento com seus consumidores dando informações apuradas sobre o que está acontecendo e criando ações que gerem impacto positivo. No Reino Unido, por exemplo, a Lush, marca de cosméticos, convidou pessoas a entrarem em suas lojas para lavar as mãos. Além de orientar o público a respeito de um hábito de prevenção, a iniciativa atraiu clientela.
. Mostre empatia – Milhões estão sofrendo – direta ou indiretamente – por causa da pandemia. Por isso, as marcas devem mostrar solidariedade neste momento difícil. A grife Louis Vuitton, por exemplo, publicou uma mensagem simples e sensível aos seus consumidores chineses nas redes sociais: “Every paused journey will eventually restart. Louis Vuitton hopes you and your beloved ones stay safe and healthy” (algo como: “Toda jornada pausada continua eventualmente. Louis Vuitton deseja que você e seus entes queridos estejam bem e saudáveis”, em tradução livre).
. Adapte-se a novas rotinas – O coronavírus trouxe um território inspirador a ser desbravado: o de estar em casa. As marcas devem ter um novo olhar para ajudar as pessoas a fazer bom uso do tempo gasto dentro de seus lares, impulsionando a internalização de novos hábitos e ajudando-as a se sentir produtivas e confortáveis diante da nova rotina.
. Acorde para o mundo virtual – Na China, a venda online de automóveis aumentou nas primeiras semanas de crise do coronavírus, apesar de as vendas físicas terem despencado. Atualmente, até mesmo os museus mais renomados do mundo estão criando experiências virtuais para exibições de arte. A expectativa é que, mais do que nunca, os serviços ofertados – sejam eles das mais diversas áreas – migrem para o virtual.
. Reconheça as novas normas sociais – Quando experimentamos novos comportamentos, muitas vezes nos sentimos deslocados ou constrangidos, como se fossemos as únicas pessoas que os praticam. Esse sentimento de marginalização pode ser uma barreira para a mudança de comportamentos. Por isso, as marcas devem dar o exemplo. Se as pessoas sentem que os outros também estão reproduzindo tal hábito, elas ficam muito mais propensas a mantê-lo.
Inspire-se em grandes cases de sucesso
A história nos traz evidências de que as marcas podem crescer em tempos angustiantes. No período de recessão do fim dos anos 2000 (crise financeira e imobiliária), nomes como Netflix, Lego, Amazon e Domino’s corajosamente expandiram seus horizontes através de investimento, inovação, atendimento ao cliente, modelos de preços alternativos e transparência em suas comunicações.
Enquanto muitos de seus concorrentes pararam de se comunicar ou se ativeram ao modelo antigo de negócio, essas marcas trilharam um caminho árduo, porém bem-sucedido, para conquistar consumidores e entregar valor, em tempos de fluidez e mudanças comportamentais.
https://jornalempresasenegocios.com.br/destaques/aprendizados-que-o-surto-de-coronavirus-pode-trazer-as-marcas/
Primeiro lote da restituição do IR 2020 será pago no dia 29. Veja como consultar
Em 2019, foram restituídos R$ 23,7 bilhões aos contribuintes. Calendário 2020 foi mantido.
Dinheiro no bolso! Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, o cronograma de pagamento das restituições do Imposto de Renda (IR) 2020 está mantido. A dúvida sobre um possível atraso cresceu em razão do alongamento no prazo de entrega da declaração, agora para até o dia 30 de Junho.
Nesse caso, o primeiro lote de restituições será pago em 29 de Maio para quem enviou a declaração logo no início. De acordo com a Receita Federal, podem receber aqueles que sofreram uma retenção na fonte acima do valor que consta no imposto devido.
Calendário de restituição do imposto de renda 2020
As restituições do IR para este ano foram divididas em cinco lotes, com pagamento nas seguintes datas:
- 1º lote: 29 de maio;
- 2º lote: 30 de junho;
- 3º lote: 31 de julho;
- 4º lote: 28 de agosto;
- 5º lote: 30 de setembro.
Até meados de Abril, a Receita anunciou que já havia recebido cerca de 10,3 milhões de declarações, o equivalente a 32% do total esperado para este ano. O período de entrega começou no dia 2 de Março.
No caso de contribuintes que, ao contrário de receber, têm de pagar o imposto, as datas também foram alteradas para 30 de Junho, no caso da primeira cota ou cota única e até 10 de Junho, em se tratando do débito automático da cota única ou do parcelamento a partir da primeira cota.
Para os pagamentos a partir da segunda parcela do Darf ou ‘documento de arrecadação’, o vencimento foi alterado para entre os dias 11 e 30 de Junho.
No ano passado, o valor total restituído pelo governo aconteceu em sete lotes, na restituição total de R$ 23,7 bilhões aos contribuintes. Na época, a restituição, que teve início em Junho, pagou no primeiro lote cerca de R$ 5,1 bilhões.
Como consultar
O contribuinte pode verificar se sua declaração já foi processada pelo site da Receita Federal. Basta acessar o site da RF, na aba “Consulta à restituição”, e informar o CPF, exercício da declaração, data de nascimento e código verificador.
Por lá, também é possível descobrir em qual dos lotes a restituição será paga.
Outro meio de obter informações sobre a declaração, é consultando o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC), nas sequência de serviço de Restituição e Compensação, Item de Restituição do IRPF, e finalizando na aba do Extrato de Processamento da DIRPF.
https://editalconcursosbrasil.com.br/noticias/2020/05/primeiro-lote-da-restituicao-do-ir-2020-sera-pago-no-dia-29-veja-como-consultar/
Governo federal prorroga prazos do regime de drawback por um ano
Segundo o Executivo, pandemia compromete comércio exterior e exportadoras não têm condições de cumprir prazos
O governo federal aumentou o prazo de suspensão de pagamento de tributos no regime especial de drawback. A prorrogação “em caráter excepcional” consta na medida provisória 960/2020, publicada nesta segunda-feira (4/5) no Diário Oficial da União.
De acordo com a MP, prazos de pagamento que já tinham sido prorrogados pela Receita Federal e estavam previstos para terminar em 2020 foram estendidos por mais um ano, contado a partir da data prevista de término.
Com o objetivo de incentivar as exportações brasileiras, o regime especial de drawback concede às empresas exportadoras a suspensão de tributos na importação de insumos que sejam empregados na industrialização de bens destinados ao exterior. Ficam suspensos os pagamentos de Imposto de Importação (II), IPI, PIS e Cofins.
Para que a suspensão se converta em isenção, como contrapartida a empresa tem um prazo para exportar as mercadorias fabricadas com os insumos importados. Do contrário, os tributos são exigidos com multa e juros.
Na exposição de motivos da medida provisória 960/2020 o ministro da Economia, Paulo Guedes, ressalta que a pandemia do coronavírus reduziu a atividade econômica no Brasil e no mundo e comprometeu o comércio exterior. A prorrogação extraordinária se justificaria porque os prazos atuais do regime de drawback foram estabelecidos em contexto anterior à crise, e as exportadoras poderiam ser penalizadas pela pandemia.
“[A redução da atividade econômica] faz com que haja alterações por vezes substanciais nas previsões de exportações de empresas usuárias do drawback, que podem não ter condições de concluir essas operações nos prazos previstos nos atos concessórios de drawback”, lê-se no texto assinado por Guedes.
“Isso acarretaria às empresas ônus financeiros graves em adição aos prejuízos decorrentes das perdas de negócios”, continua o ministro. “[Com a MP] busca-se evitar que as empresas beneficiárias do regime que tenham atos concessórios em aberto com vencimento improrrogável em 2020 sejam atingidas por inadimplência fiscal em função da substancial redução na atividade econômica no exterior decorrente da pandemia de covid-19”.
A medida provisória passa a valer imediatamente, mas para continuar em vigor o texto precisa do aval do Congresso até 2 de julho.
Segundo dados da exposição de motivos da MP, em 2019 cerca de US$ 49 bilhões de vendas ao exterior foram incentivadas pelo regime de drawback. O valor representa 21,8% do total das exportações nacionais naquele ano.
https://www.jota.info/tributos-e-empresas/tributario/coronavirus-drawback-04052020
Inovação é caminho para enfrentar a crise, apontam especialistas
Desde pequenas modificações no processo produtivo até a captação de novos clientes, roteiro para se adaptar ao novo mercado passa por conhecimento de novos hábitos e desejos dos consumidores e digitalização de processos
A inovação, seja de produtos ou processos, pode ajudar a salvar empresas durante a pandemia da Covid-19. A velocidade com que a crise atinge as diversas regiões do País exige que os empresários corram contra o tempo para se adaptarem à nova realidade.
Tecnologia e inovação são conceitos que andam juntos e tendem a remeter a altos custos de investimento. Mas, segundo a especialista em inovação Robertta Mota, o processo pode ser percebido desde pequenas mudanças.
“As inovações usam diferentes tecnologias, elas podem ser organizacionais, de modelo de negócios, de arranjos produtivos, de troca de fornecedores, de atuação em mercados diferentes, de aplicação do mesmo produto a outros setores”, exemplifica.
Para atravessar esse período de turbulência com menos impactos negativos, os negócios devem perceber primeiramente as mudanças no comportamento dos consumidores e de suas necessidades.
Segundo o advogado Rafael Abreu, especialista em Direito Empresarial, o período de isolamento social deve mostrar um novo conceito de normalidade para os consumidores. “É importante o empresário refletir sobre qual é o ‘normal’ que ele espera encontrar ao retomar integralmente as atividades. Muito provavelmente, esse ‘normal’ não vai ser o mesmo de antes”, adverte.
Na avaliação do advogado, o processo de comunicação interna deve ser o primeiro passo para reduzir os danos provenientes do cenário de pandemia. “As empresas precisam se reunir com os seus diretores financeiros e o pessoal da estratégia, para que reavaliem todas as obrigações mensais versus o que eles vão ter de recebíveis, esse é o primeiro passo”, indica Abreu.
A redução da receita durante a pandemia pode ser interpretada como sinal de que é hora de inovar dentro dos processos produtivos. “Essas organizações precisam buscar soluções para aumentar a produtividade, a competitividade, adotar estratégias voltadas à redução de custos e combinar isso com a capacidade de planejamento de gestão, para que elas possam absorver as exigências do mercado”, explica Robertta Mota.
A percepção dos novos hábitos dos clientes incentivou a Acal Home Center a disponibilizar o serviço de delivery e e-commerce durante a quarentena. O atendimento é oferecido por WhatsApp, telefone e site da loja, por onde é possível escolher itens para realizar reparos, reformas e organização do lar.
Novos hábitos
É unânime entre os especialistas que a condição de isolamento social vai criar um mundo diferente, com novos hábitos de consumir e isso consiste em gerar novas formas de produção e prestação de serviço. É necessário enxergar as oportunidades.
Nesse contexto, observa-se que empresas que já tinham uma cultura digital, com rotina de trabalho e estruturas realmente digitais, saem na frente. E aquelas que descobriram no meio digital nova forma de lucrar devem aplicar mudanças que vão se manter no pós-pandemia.
Para o professor Christian Avesque, da Faculdade CDL, a pandemia vai dar velocidade a um movimento já conhecido no varejo de países desenvolvidos e que já começou a chegar aos negócios brasileiros, a chamada multicanalidade. “Esse fenômeno é observado, principalmente, em mercados mais maduros, nos quais as empresas fundem operações de lojas físicas com lojas virtuais”, explica o professor.
De acordo com Avesque, a jornada de compra do consumidor não é mais linear, é multicontato, podendo começar na internet, realizar a compra no aplicativo e retirar na loja física. O decreto de isolamento social, em vigor desde o dia 19 de março, no Ceará, está acelerando esse processo, já que as empresas cearenses foram forçadas a funcionar de portas fechadas.
O movimento SimpliFIQUE em Casa, da loja de construção civil Simplifique Home Center, aplica este conceito em suas atividades. A empresa, que atende a toda Fortaleza e Região Metropolitana (RMF), disponibiliza os serviços de vendas por telefone, WhatsApp e e-commerce, com a criação de um hotsite para efetuar pagamento remoto. Apesar de precisar fechar momentaneamente as lojas físicas, manteve a equipe interna de vendedores, com regime de flexibilização de jornada, para evitar aglomeração.
Passo a passo
A velocidade com que as empresas começam a implementar em sua rotina essas adaptações deve refletir diretamente na dimensão do impacto da crise sobre seus negócios – ou seja, quanto antes, melhor. O professor Christian Avesque, da FCDL, aponta três passos fundamentais para que o processo de multicanalidade seja bem implementado.
O primeiro é estabelecer um canal de comunicação digital com o cliente, que podem ser as mídias sociais (Instagram, Facebook e Twitter). Outra etapa é oferecer facilidades no serviço de entrega, através de delivery, drive thru ou pick and go (compra online e retirada na loja).
O terceiro passo, segundo Avesque, é disponibilizar pontos remotos de pagamento via internet e oferecer o cadastramento do cartão de crédito, para que o consumidor, depois da primeira compra, não precise reinserir os dados. A adoção dessa última estratégia é observada em aplicativos de entrega de alimentos e no e-commerce em geral.
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/negocios/inovacao-e-caminho-para-enfrentar-a-crise-apontam-especialistas-1.2238910
Crise fez taxa de inovação de empresas cair no Brasil a partir de 2015, aponta IBGE
Indústria foi o setor mais afetado em termos de inovação de processos e produtos. Levantamento foi feito entre 2015 e 2017, período em que o país registrou a pior recessão da história.
A intensa retração econômica vivida pelo Brasil a partir de 2015 impactou diretamente na inovação de processos e produtos das empresas nacionais. É o que aponta um levantamento divulgado nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Realizado entre 2015 e 2017, o levantamento mostrou que 33,6% das 116.962 empresas brasileiras com dez ou mais funcionários fizeram algum tipo de inovação em produtos ou processos neste período.
Este percentual ficou 2,4 pontos percentuais (p.p) abaixo da taxa registrada no triênio anterior, de 2012 a 2014, quando 36% das empresas inovaram de algum modo.
O IBGE enfatizou que a retração econômica do período é um dos principais fatores de influência para a queda da taxa de inovação no país. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil recuou em 2015 e em 2016, configurando a pior recessão da história do país.
Dentre as empresas que pesquisadas no triênio 2015-2017, 5,1% fizeram inovação em produto, 14,7% inovaram somente em processo e outras 13,7% inovaram em produto e em processo. Diante disso, o estudo aponta que “a inovação de processo tende a moldar o comportamento da taxa geral de inovação”
“As inovações nas empresas brasileiras, em geral, possuem caráter incremental, ou seja, costumam ser aprimoramentos de produtos e processos já existentes na empresa. Pequena parcela dessas empresas inova para além de seus muros, desenvolvendo produtos e processos novos para si, e não para o mercado nacional ou para o mundo”, destacou o IBGE.
Segundo levantamento, a indústria foi a mais afetada, com o percentual de empresas inovadoras caindo de 36,4% em 2014 para 33,9% em 2017 – o menor patamar das três últimas edições.
Já o setor de Eletricidade e Gás reduziu sua taxa de inovação de 29,2% para 28,4%, enquanto o de Serviços Selecionados viu a taxa cair de 32,4% para 32% – uma redução, respectivamente, de 0,8 p.p. e 0,4 p.p. Segundo o IBGE, ambos mantiveram tendência de queda iniciada no triênio 2012-2014.
Para além da queda na taxa de inovação, o IBGE apontou que houve queda nos investimentos em atividades inovativas e nos incentivos do governo. No triênio 2015-2017, 26,2% de empresas inovadoras foram beneficiadas com algum tipo de apoio à inovação, enquanto no triênio anterior esse percentual foi de 39,9%.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/04/16/crise-fez-taxa-de-inovacao-de-empresas-cair-no-brasil-a-partir-de-2015-aponta-ibge.ghtml